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segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Koroshiya 1



Um dos mais violentos filmes de todos os tempos.

Takashi Miike é conhecido pela extrema violência nos seus filmes, um jorrar de sangue do inicio ao fim, capaz de dar a volta a qualquer estômago. Normalmente eu não sou particularmente sensível a cenas de gore mas, em Koroshiya 1, fui levado a desviar o olhar algumas vezes, tal era a violência das imagens.

A história centra-se no desaparecimento de um chefe de um gang e na procura pelo seu presumível assassino, Ichi. Kakihara é o desfigurado homem que vai substituir o seu chefe na liderança no gang e que vai, a todo o custo, vingá-lo. Os seus métodos de recolha de informações estão longe das torturas a que estamos habituados, dando apenas como exemplo a sua primeira vítima que é pendurada ao tecto com anzóis gigantes de metal cravados na pele. No final é ainda banhado por óleo a ferver. Coisita leve portanto.

Mas o que tornou este filme um fenómeno tão grande, tendo inclusivé arrecadado alguns prémios e nomeações (a nomeação a melhor filme no Fantasporto, por exemplo), foi o facto de, juntamente com uma vertente gore levada ao extremo, existir um argumento envolvente bem construido e muito inteligente. A sua duração de 2horas é talvez um pouco excessiva mas nunca se torna aborrecido. É preciso é ter uma sensibilidade de ferro para conseguir permanecer com os olhos no ecrã, não fosse esta uma história adaptada de uma popular banda desenhada Manga.

Ichi e Kakihara são dois personagens fabulosos, tão ricos em personalidade e disfunções mentais como em originalidade nas suas formas de tortura e de assassinío. Um filme para perversos, sádicos, masoquistas ou simplesmente apreciadores do género.

A minha classificação é de: 7/10

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posted by not_alone @ 23:51   1 comments
domingo, fevereiro 26, 2006
Gato Fedorento de volta.


As notícias parecem óptimas, mas nem tudo pode ser um mar de rosas e a contrapartida é que a nova série vai ser transmitida pela RTP1. Apesar de tudo estou seguro que estamos todos dispostos a vaguear pelos vários horários da RTP para conseguir deitar os olhos nos novos sketches da equipa do Gato. A nova série começa já em Março.

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posted by not_alone @ 19:18   1 comments
Pretty Persuasion



Not another Teen [Queen] Movie...

Este não é mais um filme sobre as meninas da claque (como foi o bem conseguido Mean Girls), também não é sobre a vítima que vira psicopata como vimos em Carrie, porque aqui as meninas são tudo menos vítimas, ou inocentes.

Duas raparigas populares, ambas aspirantes a actrizes, acolhem para ser sua amiga uma nova aluna, emigrante da palestina. Evan Rachel Wood é Kimberly Joyce, a "líder" do grupo e a mais calculista das 3. Apesar dos seus tenros 15 anos, Kimberly está bastante ciente da sua sexualidade e do poder que causa nos homens, para além disso tem uma inteligência bastante suprior às raparigas da sua idade, o que a torna numa rapariga calculista e manipuladora.

Evan Rachel Wood foi a escolha perfeita, a sua inocência aparente esconde uma rapariga maléfica e diabólica da qual não conseguimos deixar de nos apaixonar. O seu olhar doce é como um íman e a farda de colegial completa as fantasias de qualquer homem.

O filme não é brilhante mas tem algumas boas ideias, originais, e acima de tudo não se leva muito a sério. Tenta apenas ser uma comédia negra ligeira (apesar do paradxo), pegando em alguns lugares comuns e dando-lhes uma nova roupa, uma aparência mais provocante.

A minha classificação é de: 6,5/10

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segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Com a verdade m'enganas [21-02-06]
Como já toda a gente sabe, o Fantasporto está a decorrer enquanto escrevo estas palavras. Quem tiver a possibilidade de dar lá um saltinho, é favor não perder o maior festival de cinema português. Eu cá sou de lisboa e vou ter exame sexta-feira, por isso resta-me invejar as pessoas da invicta.

Já está on-line o teaser de Perfume, a adaptação do livro homónimo de Patrcik Süskind. Não dá para vislumbrar muita coisa, mas o pouco que se vê agradou-me bastante. O link aqui!

A Scanner Darkly é o novo projecto de Richard Linklater. Aqui fica o poster e para além desse poster final existem, não um, não dois, não três mas quatro outros posters do filme. Acreditem que vale a pena ver cada um deles.

Parece que adaptar livros é um dos big trends em Hollywood, juntamente com outro que é o de contratar sempre os mesmos actores espanhóis. Dito isto, Javier Bardem vai ser o protagonista de Love In The Time Of Cholera, o romance de Gabriel Garcia Marquez. A realização fica ao cargo de Mike Newell cujo último filme foi Harry Potter and The Goblet Of Fire.

Brokeback Mountain continua a somar prémios, desta vez em solo europeu, os Bafta atribuiram ao filme os prémios de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Actor Secundário (Aproveito para mostrar o meu apoio a Jake Gyllenhaal, que merece mais do que ninguém sair vencedor do Kodak Theatre dia 5 de Março)

Eu não acredito que continuo a fazer publicidade a isto, mas para os interessados vão a este link para verem o poster francês de Basic Instinct 2. Basicamente mais do mesmo, no primeiro era o descruzar de pernas, neste é o picador de gelo.

A TVI parece estar numa de comprar séries, mesmo que não saiba muito bem em que horários as passar. Dr. House, Arrested Development e Las Vegas dão algures entre as 00:00h e as 7;OOh, num qualquer dia entre segunda-feira e domingo. Partindo do principio que ainda estão em exibição. Será uma luta perdida pedir aos canais generalistas para terem algum respeito pelas pessoas que realmente vêm as séries? Já para não falar (mais uma vez) de Lost que se tornou num caso perdido. Depois do baile que foi a primeira vez que foi transmitida agora, que parecia ter assentado, vejo-a a passar cada dia mais tarde. Começou pelas OO:OOh, passou para as 00:30h, já a vi passar à 1:30h e já a vi passar perto das 3:00h. Não há mesmo paciência. Agora anunciam orgulhosamente a estreia da 2ª temporada de Lost, dia 28 de Fevreiro às 22:15. Não lhe dou uma semana para passar a dar depois das 00:00h outra vez.

Deixo-vos, para finalizar, uma imagem da sensual nova Bond Girl.

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posted by not_alone @ 22:58   2 comments
domingo, fevereiro 19, 2006
The Godfather: Part III



Esqueçam o Star Wars, o Matrix, o Indiana Jones ou o Senhor dos Anéis. Esta é "A" Trilogia.

A maior parte da crítica e do público é prentória a afirmar que este é o capítulo mais fraco dos 3. Eu discordo. Acho que está muito ao nível dos primeiros.

O ciclo completa-se na família Corleone e é sempre um prazer revisitar esta família. Passados mais de 20 anos desde o último capítulo, Michael Corleone continua a gerir os negócios da família mas está cansado da vida à margem da lei e quer tornar a família legítima. O seu objectivo é afastar-se dos negócios ilícitos e levar uma vida honesta que faça os seus filhos orgulhosos. Mas, tal como diz a tagline, nem todo o poder do mundo pode mudar o destino. Michael vê-se arrastado de novo para o mundo do crime no qual a igreja tem agora um papel de destaque.

A realização de Francis Ford Coppola está de novo sem falhas, brilhante do primeiro ao último frame. O argumento em conjunto com Mario Puzo está também de uma classe sem paralelo e a montagem eleva-o a um nível muito superior. Uma obra incontornável que fecha a mais fabulosa trilogia de todos os tempos. Não há como não nos deixarmos envolver por esta trama sobre fortes laços familiares e as traições a que estão sujeitos.

O elenco volta quase todo, o que confere ao filme uma fundamental ligação com os dois primeiros filmes. Al Pacino prova mais uma vez porque é um dos maiores actores vivos e dá um espectáculo de emoções como raramente vi. A sua representação culmina numa cena que engloba um sem fim de emoções e que é a maior prova de representação que alguma vez vi num ecrã. Arrebatado ou extasiado não são suficientemente fortes para exprimir os sentimentos que senti ao assistir aquele memomável momento de cinema. Andy Garcia foi uma excelente escolha para representar o papel de Vincent Corleone, um personagem de acções irreflectidas mas de coração ponderado. Por outro lado, Sofia Coppola foi claramente um erro de casting, francamente má, é um dos escassos pontos negativos do filme.

Destaque também para a admirável banda sonora (e eu não sou grande apreciador de ópera, mas aqui funciona como um complemento essencial para a carga dramática do filme).

Só me resta mesmo avisar toda a gente que, como eu, tardiamente teve vontade de descobrir esta trilogia, para o fazer o mais rápido possível. Vão sentir que o cinema está mais completo depois de conhecerem O Padrinho.


A minha classificação é de: 9,25/10

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posted by not_alone @ 23:33   2 comments
Top 10: Actores Rebeldes
Para não acharem que eu só faço posts para os meninos, aqui vai um especialmente para as meninas que visitam o blog.


01 - James Dean


02 - Marlon Brando


03 - Russel Crowe


04 - Johnny Depp


05 - Sean Penn


06 - Jack Nicholson


07 - Colin Farrell


08 - Mickey Rourke


09 - Robert Downey Jr.


10 - Woody Allen
posted by not_alone @ 22:53   0 comments
sábado, fevereiro 18, 2006
Dolls



Porque todos nós já sofremos por amor.

Ao ver este filme vinham-me à memória chavõs conhecidos como "o amor é louco" ou "o amor é cego". Até mesmo um dos mais famoso poemas de Luís de Camões ganha aqui novo significado... "amor é fogo que arde sem se ver..."

Três histórias de amor, literalmente de partir o coração, cruzam-se num mundo aparentemente sem sentido. Um casal que vive ao relento, amarrados à cintura por uma corda. Uma mulher que durante 20 anos espera num banco de jardim pelo seu amor que nunca chega. Uma fã de uma estrela pop, disposto a tudo para provar a sua dedicação.

Baseadas no teatro de marionetas japonês (Bunraku), Dolls não é um filme tecnicamente perfeito, tem alguns problemas de montagem e de realização mas que são rapidamente ofuscados pelo sentimento que move o filme. Takeshi Kitano escreveu realizou e montou esta história e entregou-se de alma e coração.

Este é um obscuro conto de fadas, em que o amor é levado ao extremo, não existem princesas ou bruxas más, não há espaço para finais felizes, mas em que são praticados os actos mais heróicos para demonstrar amor, ou a falta dele.

A primeira história do casal amarrado pela cintura é talvez a mais poderosa (também por ser a que é mais desenvolvida). Assistimos ao evoluir das personagens durante as várias estações do ano, permitindo algumas das mais belas imagens do filme. A beleza das imagens contrasta com a negritude dos sentimentos, sentimo-nos impotentes perante tão trágicas situações, acabamos inclusivé por nos sentir vazios por sabemos que nunca amámos daquela forma.

Todas as personagens estão de tal forma dependentes de que alguém os ame que amam de uma forma extrema. Não de uma forma obcessiva, mas genuína e triste. Tal como Dolls, genuíno e triste.

A minha classificação é de 8/10

(Obrigado à Cat. e ao P. por me recomendarem este filme ;) )

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posted by not_alone @ 17:37   3 comments
Antecipação: The Painted Veil
Naomi Watts e Edward Norton juntos? Reservem-me já um bilhete que eu tenho de ver isso!

Desconhecia por completo este projecto, mas esta dupla de de actores chega-me para ficar com curiosidade. Aqui ficam as primeiras imagens:



O filme retrata um casal inglês (Norton e Watts), um médico e uma rapariga de sociedade, que se casam à pressa, vão viver para Hong Kong, aonde mantêm uma relação de permanentes traições, e que, depois de embarcarem numa viagem ao coração da China antiga, têm uma chance para a redenção e a felicidade. [in comingsoon.net]
posted by not_alone @ 00:46   1 comments
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Sympathy For Lady Vengeance



Acabei de ver este filme e estou ainda a recuperar.

A triologia sobre vingança de Park Chan-wook acaba da melhor maneira. Um filme bruto em que mais uma vez somos levados aos extremos das acções humanas. O realizador encosta-nos à parede e confronta-nos com uma história aterrorizante de uma mulher que passa 13 anos na prisão. Quando sai em liberdade tem apenas um propósito, a vingança. Uma mistura dos melhores ingredientes de Sympathy for Mr. Vengeange e Oldboy.

Tudo o que possa dizer deste complexo argumento vai sempre soar a pouco, ou terei de contar mais do que vocês devem saber sobre a história, por isso limito-me a dizer que Sympathy For Lady Vengeance se desenrola de uma forma singular, acrescentando aos poucos pequenos pormenores para não nos deixar totalmente às escuras, mas nunca revelando os seus trunfos. O melhor fica para o fim, absorvendo-nos qualquer réstia de compaixão, soltando os instintos animais que nos deturpam a razão.

Lee Yeong-ae está irrepreensível nas suas mil e umas facetas. O seu rosto transforma-se para dar vida a sentimentos dispares como o remorso, a compaixão, a indiferença e a raiva. Mais do que apenas uma mais-valia, a actriz encarna o papel de corpo e alma, conduzindo-nos pelo filme sem nunca nos dar hipótese de desviarmos o olhar dela.

Tal como em Oldboy, a câmera é mais do que apenas o instrumento que capta imagens, é o veículo que nos transmite grande parte dos sentimentos. Revela-nos apenas o que é preciso, mesmo que isso implique revelar coisas desagradáveis, que não estamos preparados para enfrentar.

Este filme poderá ser reduzido ao rótulo de violência gratuita e a verdade é que a violência é um condimento bastante presente nos filmes do realizador, o que não invalida a profundidade dos temas. A forma explícita como são apresentadas as situações apenas servem para lhes conferir um maior realismo e, de certa forma, chocar os espectadores. Ás vezes um abanão é a melhor forma de chamar a atenção para algo de realmente importante. Sympathy For Mr. Vengeance, Oldboy e Sympathy For Lady Vengeance são, sem dúvida, algo de realmente importante no panorâma cinematográfico.

Indubitavelmente, este vai figurar nas listas dos melhores do ano, da década e, porque não, de sempre.

A minha classificação é de: 9/10

Uma sugestão de passagem obrigatória: esta lista de imagens do filme.

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posted by not_alone @ 16:07   5 comments
Antecipação: V For Vendetta
Ultimamente tenho andado com posts muito visuais, fotos que chamam a atenção por qualquer motivo. Por isso vou continuar na mesma linha. Aqui vão 11 razões porque é que eu acho que V For Vendetta vai ser um dos grandes filmes do ano:







posted by not_alone @ 03:16   1 comments
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Poster de World Trade Center


Muito bom, é tudo o que tenho a dizer.
posted by not_alone @ 20:53   2 comments
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Feliz dia de S. Valentim











Eu sei, sou um romântico incurável...
posted by not_alone @ 13:04   2 comments
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Poster | restoP ***Especial posters da Polónia***
Descobri no fórum do emcena estas maravilhosas obras de arte vindas da Polónia. Ao que parece eles arranjaram uma forma de facturar e ser artísticos ao mesmo tempo, criando os seus próprios posters para os filmes. Destaco aqui alguns dos que mais me impressionaram, mas para apreciarem a totalidade vão aqui!


My own Private Idaho


Chinatown


War Games
posted by not_alone @ 21:02   1 comments
Walk The Line



Será isto possível ?

As espectativas que tinha quando ouvi as primeiras notícias sobre este filme eram muitas. O elenco era bastante apelativo e a figura mítica de Johnny Cash era só por si um potencial cinematográfico. Com o passar do tempo a ansiedade aumentou. Saíu o brilhante primeiro poster e teaser trailer e tudo se parecia compor. Depois, vi o primeiro trailer oficial e foi o começo do fim. Perdera o seu ar de cool, para passar a ter um ar de fool. Agora que o vi, confirma-se: é apenas mais um abjecto hollywoodesco que apenas tem em mente os dólares, os cifrões.

A verdade é que James Mangold tinha um leque interminável de escolhas e acabou por eleger as piores. Desde a sua realização medíocre acompanhada no mesmo nível pelo argumento. Não consigo deixar de comparar esta obra à de Taylor Hackford, Ray. A verdade é que só mudam os nomes, a história é igual. Estão lá todas as fórmulas, como se existisse um guião pré-estabelecido para criar uma biopic.

Pega-se numa estrela de música, mostra-se o seu percurso nas editoras e como este é rejeitado por todas até conseguir um contrato. Intervala-se com uns flashbacks da infância, preferencialmente os mais miseráveis em que os pais batem nos filhos e os irmãos morrem, deixando-os com um profundo sentimento de culpa. O músico acaba por se tornar bastante popular mas, claro está, deixa que a fama lhe suba à cabeça. Entra no mundo das drogas (poderia a vida de uma "rock star" ser mais cliché?), engana a mulher e passa por um período infernal, até que um dia acaba por ver a luz e vence todos os seus demónios. Volta ao estrelato e acaba por se tornar uma lenda.

Esta poderia ser a sinopse de qualquer uma das biografias que ultimamente se faz em Hollywod. Ray, Walk the Line ou mesmo quando não se trata de músicos, mas de outros ícones, o tratamento é o mesmo. Ali ou The Hurricane são exemplo disso. Um sem fim de ideias sem imaginação, que nunca trazem nada de novo mas que acabam por ser sempre aplaudidos pela crítica. Independentemente do facto de serem todos iguais na sua essência.

Pessoalmente dou os meus parabéns à academia por não ter nomeado Walk The Line para melhor filme. Não apaga o facto de Ray ter sido nomeado sem merecer mas, ainda assim, é um começo.

O que se safa então em Walk The Line? Estava tentado a dizer 'nada', mas Joaquin Phoenix não mo permite. A sua interpretação do "homem de negro" é avassaladora e, sinceramente, a única coisa que me levou a ver o filme até ao fim. Johnny Cash poderá não ter sido dignificado com o filme mas a actuação de Phoenix honrou, certamente, o seu legado. Reese Witherspoon não me entusiasmou por aí além. Tem uma interpretação segura mas nunca consegue soltar-se verdadeiramente, muito áquem do que fez em Election.

Fica a tristeza de ver, mais uma vez, uma possibilidade tão prometedora, tal como esta de um filme sobre Johnny Cash, reduzida ao que parece ser um guião equacionado por um computador, em vez de um criado por uma mente apaixonada.

A minha classificação é de: 4/10

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posted by not_alone @ 01:32   4 comments
sábado, fevereiro 11, 2006
Os Razzies devem estar loucos...


Os prémios Razzies, conhecidos por serem o oposto dos Oscars e distinguirem o que de pior se faz no cinema, também tiveram alguns deslizes. Não sei aonde eles estavam com a cabeça quando fizeram algumas das suas nomeações:

1980
Pior realizador: Stanley Kubrick, por Shinning - Ora, as palavras "pior realizador" e "Stanley Kubrick" em circunstância alguma deveriam vir na mesma frase. Se por um lado, felizmente, o "prémio" nesse ano foi atribuido a Robert Greenwald pelo filme Xanadu, a verdade é que Kubrick nunca deveria ter sido nomeado. Muito menos pela obra que é. Acredito que os senhores do jurí, depois de verem o culto que o filme se tornou, devem estar, no mínimo, envergonhados da escolha que fizeram.

1983
Pior Realizador: Brian dePalma, por Scarface - Eu ainda não vi o filme, mas o facto de ser um dos filmes mais aprecidados do realizador e uma das mais aclamadas actuações por parte de Al Pacino parece-me que contradizem um pouco esta nomeação para os Razzies.

1992
Pior actor secundário: Danny DeVito, por Batman Returns - Como é que isto pode ser? O penguin de Danny DeVito estava perfeito. Felizmente, também se ficou só pela nomeação, mas não deixa de ser uma grande injustiça.

1994
Pior dupla: Tom Cruise e Brad Pitt, por Interview with the Vampire. Estes realmente ganharam, o que me choca, uma vez que gostei tanto do filme e das prestações de ambos os actores, serei o único?

Ainda no mesmo ano, Pior revelação: Jim Carrey, por Ace Ventura, Dumb and Dumber e The Mask. Ridículo, uma vez que esses são provavelmente os seus melhores trabalhos de comédia até à data.

1996
Pior actriz: Julia Roberts, por Mary Reilly. Na minha modesta opinião este foi um dos melhores desempenhos de Julia Roberts, bastante superior a Erin Brokovich, em que ganhou o Oscar.

1999
Pior Filme: Blair Witch Project. Este é um dos meus filmes preferidos de sempre, por isso nem vou sequer comentar.

Nos Razzies deste ano a única razão que me leva a crer que Tom Cruise tenha sido nomeado por War of the Worlds, prende-se, particularmente, com a sua vida privada e o badalado romance com a Katie Holmes. Tinham que pegar em alguém para ser a vítima do ano e as atitudes meio alucinadas de Cruise durante o ano que passou fizeram dele a vítima perfeita. Quanto à sua prestação no filme considero-a bastante boa.

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posted by not_alone @ 01:03   2 comments
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Munich



Infelizmente Spielberg não me convenceu.

Munich esteve rodeado de controvérsia desde o minuto em que foi anunciado. Eu continuo dividido, se por um lado Spielberg consegue ter rasgos de génios por outro não consegue, desde há algum tempo, ter uma obra coesa do inicio ao fim. Em War of the Worlds precipitou-se no final e em Munich alonga demasiado o início.

Os atentados de 1972 ao 11 atletas acaba por ser renegado para segundo plano, centrando a história de Munich no percurso do homem que vai vingar as vítimas dos atentados.

Para mim o ponto mais negativo do filme é a primeira hora, em que eu só me apetecia dizer "despaxem lá os gajos que eu já não tou com pachorra para isto". Por mais bonita que seja a fotografia, por mais perfeita que esteja a realização, a história não me conseguiu empolgar. Muito pelo contrário, estava mesmo a aborrecer-me. Não sei se será o meu total desinteresse por filmes políticos (também não fiquei particularmente fascinado com Syriana, que tem algumas similaridades com este), o certo é que quando o filme começa a ficar interessante eu simplesmente já não estava para ali virado. Já tinha perdido o entusiasmo e estava demasiado bem disposto para me deixar deprimir pelo final amargo de Spielberg.

Não quero com isto dizer que seja um mau filme, porque não o é, mas não mexeu com qualquer sentimento em mim. O bocejo talvez tenha sido a minha única reacção. A ambição de um filme que não passa de bom, forçando cenas magistrais, num todo que não é concordante com isso.

Percebo quem gosta muito, não percebo quem diz que é uma obra-prima. É um bom filme, que daqui a uns tempos já poucos se lembrarão.

A minha classificação é de: 7/10

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posted by not_alone @ 13:21   2 comments
terça-feira, fevereiro 07, 2006
Com a verdade m'enganas [07-02-06]
Algumas notícias interessantes esta semana, por isso LEIA (ou então não, passe logo para a foto lá em baixo que é realmente o que há de interessante neste post)

Não sei muito sobre este filme, a não ser que tem John Malkovich e Anjelica Huston e que se chama Art School Confidential, o trailer pareceu-me interessante. Vejam por vocês mesmos, aqui!

Já em relação a este , como diria a minha mãe "que putedo sr. Alfredo!". Eu juro que a primeira coisa que pensei quando vi isto foi: Oh não, eles conseguiram que a Sharon Stone fizesse a sequela do Crime do Padre Amaro! Afinal era a sequela de Basic Instint. O que, no fundo, vai dar ao mesmo. E havia maneira de a sra. Stone estar mais plástica? Nem o cabelo é dela... Há por aí sites pornográficos com bonecas insufláveis mais interessantes...

Saw II é uma interessante (hoje estou um bocado repetitivo com a palavra interessante.) sequela do primeiro e a campanha por trás do seu lançamento em dvd é um golpe de génio. Agendado para o dia dos namorados, 14 de Fevreiro, é utilizada a ocasião para criar um postal de s. valentim digamos que, alternativo. Mas vejam com os vossos próprios olhos aqui!

Estreou dia 30 na 2: a polémica série Rome (que eu estupidamente me esqueci de ver) mas esta semana colmatei a minha falha. Às 22:30 estava eu ansiosamente em frente ao televisor e qual não é a minha surpresa quando não dá Rome, mas a fabulosa Curb Your Enthusiasm (traduzida cá por Calma, Larry!). Mas calma, Rome não foi cancelada, apenas passou a dar às 23h. O que quer dizer que segunda-feira passou a ter dois motivos para não largar a 2:. Às 22:30h Curb Your Enthusiasm e às 23h Rome. E viva a televisão pública.

Por falar na televisão pública o canal 1 finalmente percebeu que a série Lost merece respeito e decidiu repô-la desde o início. Agora dá diariamente por volta da 00:30h. Eu já vou a meio da segunda série, mas para quem ainda é alheio ao fenómeno Perdidos é favor ver!

Ainda no campo das séries televisivas, The Black Donnellys vai ser a grande aposta da NBC que à partida tem um grande selo de qualidade, é da autoria de Paul Haggis (sim o do Million Dollar Baby, de Crash mas mais importante, o autor de Walker, o ranger do Texas, esse marco da televisão mundial.) É também produtor executivo da série e argumentista, juntamente com Bobby Moresco que também escreveu com ele o argumento de Crash. Sabe-se que será uma série de grande carga dramática e que conta no elenco com Kirk Acevedo, Tom Guiry, Billy Lush, Keith Nobbs, Michael Stahl-David, Jonathan Tucker e Olivia Wilde (que eu assim de repente não conheço ninguém.)

E agora para algo totalmente diferente... Batman e a sequela que vai de mal a pior. Já me estava a acostumar com o facto de ter de ver a Katie Holmes ao lado de Christian Bale outra vez, mas ainda não me tinha conformado com os constantes rumores de Paul Bettany como o Joker. Agora surge a notícia de que Jake Gyllenhaal poderá ser Dent, ou Two-Faces... É verdade que eu estou farto de elogiar o actor aqui no meu blog, mas como Two-Faces? Tommy Lee Jones não esteve perfeito, mas não será Jake Gyllenhaal demasiado novo para o papel? Isto está-me a cheirar a muito brilho dos meninos bonitos no suposto novo dark Batman. A ver vamos.

E pronto aqui é que cai o carmo e a trindade. Uma sequela Bollywoodesca de Fight Club. Se há coisa que eu não gosto é que ponham as mãos em cima de coisas sagradas para mim. E Fight Club está lá bem no topo. Quase que me vieram as lágrimas aos olhos quando pus a vista em cima disto! Mal sabia eu que o pior ainda estava para vir. Se tiverem coragem visitem esta coisa e vejam os trailers, mas aviso, estão sob vossa conta e risco. Se recuperarem do choque, vejam esta e esta foto e é vómito garantido.

Para acabar em beleza deixo-vos um regalo para os olhos, se acharam que o vestido vermelho dos Golden Globes tinha sido bom, imaginem sem nada. Agora finjam que o Tom Ford e a Keira Knightley não estão lá e deliciem-se com Scarlett Johansson, tal como veio ao mundo.... Interessaaantee.....


(clikem na imagem para ver em grande, eu sei que vocês querem...)

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posted by not_alone @ 20:58   3 comments
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Capote



Capote é, tal como se previa, Philip Seymour Hoffman, mas é também tão mais do que isso.

Confesso que me agradam muito mais as biopics que se centram numa só fase importante da figura que retratam do que, tal como Ray (que eu não gostei particularmente), as que tentam usar fórmulas já gastas para descrever o percurso de vida de uma pessoa. Capote enquadra-se nas primeiras, centra-se nos 4 anos em que Truman Capote escreve o seu mais famoso livro, e um dos mais importantes da literatura americana, In Cold Blood.

O filme trata a história de uma família assassinada no Kansas e de como Capote, depois de ler a notícia das mortes no jornal, decide escrever um livro sobre elas. A sua pesquisa leva-o a ter uma relação próxima com Perry Smith, um dos assassínos, e a grande proeza do filme está no excelente retrato do conflito de Capote entre a obssessão de acabar o seu livro e a proximidade que criou com o prisioneiro. A sua estima pelos reclusos torna-se tão forte que Capote insiste em adiar a publicação do livro para depois da pena de morte dos dois ser executada.

O retrato do escritor por parte de Philip Seymour Hoffman está perfeito. Do seu tom de voz aos mais pequenos gestos, da sua ácida ironia ao mais ingénuo olhar. O filme vive do actor e não podia ser tão grande obra se não fosse Hoffman, contrastado pela estridência de Catherine Keener, no papel de Harper Lee, a provar ser merecedora da nomeação para o Oscar.

No final de contas Capote é um filme que não cede às pressões das grandes produções, arriscando por um caminho mais simples e por esse motivo mais especial. Bennett Miller tem uma estreia auspiciosa na realização, nunca deixando escapar a sua pouca experiência atrás das câmeras.

A minha classificação é de: 8/10

E pronto, é isto que eu faço com uma frequência amanhã...

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posted by not_alone @ 18:33   1 comments
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